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*VAGAS ESGOTADAS

Venha aprender sobre democratização dos sistemas agroalimentares em interação com a pedagogia griô, a arte e os saberes das mestras e mestres griôs do estado do Rio de Janeiro. Durante o curso, vamos ter contato com plantas, ervas, sementes e receitas tradicionais relacionadas aos territórios e ancestralidades das culturas de tradição oral em nosso estado.

Objetivos principais do curso

Sensibilizar agentes culturais em práticas encantadoras, vivências, dialógica e de produção partilhada do conhecimento num ambiente EAD. Essa formação vai permitir que atuem como agentes da inserção das identidades e ancestralidades do povo brasileiro, a coordenação de projetos político-pedagógicos e a celebração da vida em temas que interagem memória, registro, tradição alimentar, ervas de cura, conhecimentos tradicionais e reconhecimento do lugar social, educacional, político e econômico dos Mestras(es) Griôs de tradição oral.

Metodologia

O curso contará com coordenação pedagógica e facilitação dos criadores da Pedagogia Griô, utilizando cantigas, louvações, rituais de vínculo, práticas dialógicas e construção partilhada de conhecimento. Algumas bases da Pedagogia Griô são: a educação biocêntrica de Ruth Cavalcante e Rolando Toro, a psicologia comunitária de Cezar Góis, a educação para as relações étnico raciais positivas de Vanda Machado, a educação dialógica de Paulo Freire e uma profunda identificação com a educação que marca o corpo de Fátima Freire e a cultura viva comunitária de Célio Turino.

Público-alvo

Estudantes e profissionais da Educação – como professoras/es, diretoras/es, pedagogas/os, merendeiras/os – e população tradicional do estado do Rio de Janeiro.

Carga horária

10 horas

Datas e horários

13, 14, 15, 20 e 21 de julho de 2021
de 19h às 21h

Plataforma

Zoom

Certificado

Será emitido certificado para quem tiver participação em, no mínimo, 80% das atividades.

Obs.

As vagas serão destinadas para pessoas que correspondam ao público-alvo prioritário, levando em conta também a disponibilidade do candidato para participar do curso em sua integridade, a sua inserção em movimentos populares, a capacidade de replicação ou atuação em escolas públicas, com foco no estado do Rio de Janeiro.

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Dia 13 de julho – O que é Pedagogia Griô

O conceitos e a história da pedagogia griô e localização dela nas tendências pedagógicas. O que significa uma pedagogia que integra identidade, ancestralidade, tradição oral, educação, cura e conhecimento.

14 de julho – O que é Griô?

Qual o lugar social de mestras(es) Griôs na educação e na elaboração do conhecimento? O Encantamento e o lugar do griô aprendiz. Vínculo com mestres e mestras griôs.

15 de julho – Práticas pedagógicas de Histórias de vida

Vivência e escrita de histórias de vidas vinculadas ao conhecimento das ervas de cura, de agroecologia e a sistemas agroalimentares.

Estas três primeiras aulas serão conduzidas por Lilian Pacheco e Márcio Caires.

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Líllian Pacheco

Educadora, escritora e criadora da Pedagogia Griô, com referência na Educação popular, educação biocêntrica e educação para as relações etnico raciais positivas. Idealizadora e coordenadora da Escola de Formação na Pedagogia Griô, do Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô, da Ação Griô Nacional e da Escola de Políticas Culturais. Coordenadora de projetos de educação, cultura e economia solidária há 25 anos, premiados nacionalmente. Atuante no Movimento Nacional de Emergência Cultural da Lei Aldir Blanc.

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Márcio Caires

Pesquisador, contador de histórias, coordenador do Projeto Grãos de Luz e Griô e co-criador da Pedagogia Griô. Nascido na pequena cidade de Dom Basílio, sul da Chapada Diamantina -BA, foi iniciado nos saberes de tradição oral por diversas comunidades tradicionais do Brasil, e na tradição Griot por famílias tradicionais da região do Mali, África. Também é professor, graduado em administração de empresas (UCSal), pós graduado em Antropologia e Turismo (UEFS), Mestrando pela UEFS e coordenador do curso de extensão e do curso de pós graduação em Pedagogia Griô na USP (Universidade de São Paulo). Articula e mobiliza diversas frentes politicas, com atuação em Conselhos Estaduais e Fóruns de cultura e educação na Bahia e no Brasil, com repercussão em Seminários e Congressos na América Latina (Bolívia, Peru e Colômbia), Espanha (Galícia), Vaticano e Mali.

Dias 20 e 21 de julho

As memórias, a culinária e os remédios das culturas caiçaras, indígena, quilombola e dos quintais agroecológicos do estado do Rio de Janeiro. Os mestres e mestras griôs vão apresentar suas histórias de vida e repassar receitas de pratos típicos e remédios caseiros de suas comunidades.

Mediação: Ana Santos.

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Ana Santos

Ana é mulher negra nascida na Baixada Fluminense, educadora popular, Agricultora urbana e culinarista, encontra na Serra da Misericórdia, complexo da Penha, porto e morada da agroecologia urbana. Em solo tão marcado pela desigualdade social, Ana aposta na prática de cultivar alimentos saudáveis em confluência com a cultura e arte popular como maneira de resistir na cidade. Acredita no poder curativo das plantas e na produção de alimento saudável na cidade como direito humano fundamental. Integrante do GT Mulheres da AARJ e da Rede Carioca de Agricultura urbana.

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Mestra Ara Gera

Genira da Silva nasceu em 1927 na aldeia Limeira em Chapecó, Santa Catarina. Ela começou a trabalhar na agricultura desde os 15 anos de idade e quando fez 20 anos começou a participar do parto da sua sobrinha e não parou mais até hoje. Agora, trabalha a maior parte do dia fazendo artesanatos, mas quando alguém precisa fazer o parto na Aldeia Sapukai em Angra dos Reis é ela quem faz! Genira é filha do Cacique João da Silva wera mirim que faleceu com 104 anos na aldeia.

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Mestre Ticote

Francisco Xavier Sobrinho, mais conhecido como Ticote, é caiçara que segundo ele próprio “nasceu com o remo na mão”. Nascido e criado na Reserva da Juatinga, em Paraty, entre rios, roças e o mar, é uma das lideranças do Fórum de Comunidades Tradicionais – Angra, Paraty e Ubatuba. Desde 2007. Artesão e contador de histórias, foi Griô dentro da Ação Griô Nacional em 2008, já foi residente da Associação de Moradores e Amigos do Pouso da Cajaíba (AMAPOCA) e fundou, em 2010, Instituto fe Permacultura e Educação Caiçara (IPECA) com a parceria do projeto de extensão Raízes e Frutos da UFRJ. Há muitos anos Ticote busca fomentar uma rede dentro da comunidade de fluxo de conhecimento e valorização da comunidade caiçara. Ele também ministra oficinas próprias, como pau a pique, telhados de sapê, cestaria, artesanato, redes caiçaras, alimentação tradicional caiçara etc. Segundo ele, seu objetivo maior é contribuir para o fortalecimento do turismo de base comunitária na comunidade caiçara e defender seus territórios de origem.

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Mestra Adilsa

Adilsa da Conceição Martins tem 65 anos, é filha de Madalena Alves da Silva e Seu Valentim Conceição, ambos lideranças da comunidade do Quilombo do Campinho, em Paraty (RJ). “Seguindo a cultura sou artesã, agricultora e griô carregando com saberes medicinais ancestrais”.

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Mestra Dona Juju

Juliana Medeiros, 69 anos é agricultora, moradora do município de Magé, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, mas nasceu na Paraíba. De família de agricultores, nasceu e foi criada na roça. Já foi cozinheira, costureira, garçonete, serviu cafezinho na rádio Tupi, onde até fazia comentários no ar, mas foi na lavoura que encontrou motivação e prazer. O caminho para se manter na roça começou pelos doces. Numa cozinha comunitária, junto com as amigas Lourdes e Guida, transformou sua colheita em geleias e compotas. Hoje, com a cozinha Colher de Pau, ela produz mais de 23 tipos de doces e farinhas, como as de berinjela e quiabo. “Se me tirar da roça, não sobrevivo. Dona Juju faz parte do Grupo de Mulheres da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro.

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